Equipe do Ministério Público esteve na unidade nesta sexta-feira (18). Problemas estão nas alas pediátrica e adulto. Inspeção no HGP encontra problemas de falta de profissionais, insumos e medicamentos
Durante visita em alas do Hospital Geral de Palmas (HGP), o Ministério Público Estadual identificou diversos problemas como a falta de profissionais, medicamentos e insumos. A inspeção foi feita nesta sexta-feira (18). Nas UTIs, havia número insuficiente de técnicos de enfermagem e médicos.
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Segundo o órgão, a equipe do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CaoSAÚDE) verificou na vistoria que na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, faltavam profissionais , medicamentos e insumos. Na ala adulta, alguns leitos estariam desocupados também por falta de trabalhadores.
Na unidade, o serviço de UTI é ofertado de forma terceirizada. A empresa responsável é a Associação Saúde em Movimento (ASM). Como o Ministério acompanha a prestação do serviço, em junho deste não a 27ª Promotoria requereu a suspensão do contrato terceirizado para atendimento na ala pediátrica.
UTIs do HGP são terceirizadas
André Araújo/Governo do Tocantins
O caso ainda está na Justiça mas na quarta-feira (16), uma decisão determinou que o Governo do Estado esclareça a possível situação de atraso no pagamento de funcionários, por parte da ASM. A situação estaria prejudicando os serviços prestados à população, já que afeta as escalas de plantão.
Segundo a promotora Araína Cesárea, assim que a equipe chegou ao HGP para dar início à inspeção, percebeu que não havia médicos, ou seja, os pacientes estavam desassistidos.
“De fato na UTI pediátrica, além dos problemas que nós já estamos noticiando na Ação Civil pública que trata do tema, das deficiências relacionas ao desabastecimento, relacionado à falta de tratamentos específicos, havia uma deficiência de técnicos de enfermagem, o que é fundamental para o cuidado daquela criança que está ali submetida à terapia intensiva. Na UTI adulto, o MP encontrou uma deficiência no número de médicos necessários para fechar a escala, o que prejudica sem nenhuma duvida o tratamento desses pacientes”, explicou a promotora.
A empresa está recebendo repasses do Estado referente à contratação. No mês de agosto, segundo levantamento do Jornal do Tocantins, a ASM recebeu mais de R$ 3 milhões.
O que diz a Saúde Estadual
E nota, Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que os pagamentos de profissionais das UTIs são de responsabilidade dos recursos humanos contratados pela ASM. E que a Secretaria afirma ainda que uma equipe técnica já esteve nas referidas UTIs que e nenhum paciente está desassistido. Também está sendo averiguado o dimensionamento das equipes multiprofissionais.
O g1 não conseguiu contato com a Associação Saúde em Movimento.
Veja nota da SES na íntegra:
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que os serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), da rede estadual de saúde são terceirizados (por meio de licitação) à empresa Associação Saúde em Movimento, a qual é responsável pelo pagamento dos recursos humanos por ela contratados, para atendimentos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Pasta pontua que uma equipe técnica já esteve nas referidas UTIs e nenhum paciente está desassistido. Também está sendo averiguado o dimensionamento das equipes multiprofissionais para que seja garantida a continuidade da assistência, com a qualidade contratualizada.
Por fim, a SES-TO destaca que já notificou a empresa, quanto às reclamações recebidas; os fiscais de contrato seguem vigilantes e, se constatada as irregularidades, serão tomadas as medidas legais cabíveis.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
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